Em declarações à TSF, o presidente do Conselho Nacional das Ordens Profissionais, Orlando Monteiro da Silva, alerta para as especificidades do modelo de autorregulação das ordens profissionais e aproveita para reforçar a definição das atribuições de uma ordem.
A propósito da interpretação das atribuições das ordens profissionais, o presidente do CNOP explicou à TSF que a lei é bem clara, ao proibir as ordens de terem qualquer tipo de atividade sindical e de interferir nas relações económicas ou laborais dos seus membros. Alerta também que as ordens têm hoje como preocupação não apenas o interesse dos profissionais, mas o interesse público das populações.
O Conselho Nacional das Ordens Profissionais teme que os recentes desenvolvimentos que vieram a público afetem a compreensão do modelo de autorregulação, “que funciona muito bem”. A pergunta surge em torno dos atuais desentendimentos entre enfermeiros e decisores políticos.
O presidente do CNOP salienta que o modelo de funcionamento das ordens profissionais têm sido exemplarmente referido em seminários nacionais e internacionais, sendo o próprio CNOP um parceiro ativo na solução de muitos temas transversais e cada ordem na sua esfera de atuação juntos das diversas tutelas que o testemunham.
Mais entende que casos pontuais são exceção não devendo cair-se na tentação de generalizar tópicos de agenda nacionais nos quais intervêm muitos agentes e não apenas, uma outra ordem. As situações são complexas e há interesses múltiplos, provocações de estruturas diversificadas etc.